O Dia Mundial do Autismo é celebrado anualmente em 2 de abril desde 2007, quando foi criada pela ONU (Organização das Nações Unidas), o objetivo da data é promover conhecimento sobre o espectro autista, bem como sobre as necessidades e os direitos das pessoas autistas.
o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição de saúde caracterizada por desafios em comportamentos repetitivos na fala, na comunicação não-verbal e, ainda, nas habilidades de socialização com déficits na comunicação e na interação social.
Em 2000, os Estados Unidos registraram um caso de autismo a cada 150 crianças observadas. Em 2020, houve um salto gigantesco: um caso do transtorno a cada 36 crianças. As estatísticas são do órgão de saúde Centers for Disease Control and Prevention (CDC), O trabalho ainda mostra que o autismo é 3,8 vezes mais frequente em meninos — cerca de 4% deles têm a condição.
O autismo está naquele grupo cuja origem é complexa e multifacetada, mas entre os especialistas, não há dúvidas de que a genética tem influência nesse quadro, porém outros fatores como o uso excessivo de telas em bebês podem estar desencadeando um aumento do número de diagnósticos nos últimos anos.
Em fevereiro uma nova pesquisa foi divulgada na revista científica JAMA Pediatrics, a análise foi desenvolvida por cientistas da Universidade de Yamanashi, no Japão, o estudo analisou que bebês meninos que passam ao menos 2 horas por dia utilizando telas (como TV, celular ou tablet) têm cerca de 3 vezes mais chances de serem diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A mesma associação não foi notada entre as meninas, de acordo com os dados, a exposição excessiva ao uso de telas durante o primeiro ano de vida do bebê está significativamente associada ao diagnóstico de TEA aos 3 anos de idade.
"Na infância, quando o neurodesenvolvimento está ativo, fatores ambientais, como estimulação elétrica por meio de telas e estimulação luminosa da visão, podem afetar o neurodesenvolvimento", diz o trabalho que, no entanto, não conseguiu esclarecer por que o resultado não foi o mesmo entre as crianças do sexo feminino. "Fatores genéticos podem estar envolvidos nas diferenças sexuais observadas na associação entre TEA e tempo de tela", afirmaram os pesquisadores.
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