De acordo com um levantamento feito pela Agência CNN, atualizado nesta terça-feira (10), o Brasil tem 20 casos suspeitos de hepatite aguda grave infantil.
Dados coletados junto às secretarias estaduais de saúde mostram que há sete casos sob investigação em São Paulo, seis no Rio de Janeiro, dois no Espírito Santo, dois em Minas Gerais, bem como no Paraná, e um único caso em Santa Catarina.
As informações, no entanto, divergem do Ministério da Saúde. Conforme nota divulgada na segunda-feira (9), a pasta informou que são 16 casos suspeitos, mas não enviou a relação dos estados em que os casos estão localizados.
Hepatite infantil aguda
No dia 15 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um alerta sobre casos de hepatite aguda grave de origem desconhecida em crianças no Reino Unido.
Desde então, tem havido relatórios adicionais de casos contínuos por conta de notificações em outros países como Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, Espanha e Estados Unidos da América.
A hepatite é uma doença é uma doença inflamatória que acomete o fígado.
Existem cinco cepas principais do vírus da hepatite, referidas como tipos A, B, C, D e E. Embora todas causem doenças do fígado, elas diferem de maneiras importantes, incluindo modos de transmissão, gravidade da doença, distribuição geográfica e prevenção métodos.
Em grande parte dos casos, as hepatites virais são doenças silenciosas que não apresentam sintomas ao longo dos anos. Geralmente, a doença já está em estágio mais avançado quando os sinais aparecem.
Os mais comuns são febre, fraqueza, dor abdominal, enjoo, náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura, olhos e pele amarelados (icterícia) e fezes esbranquiçadas.
Monitoramento de casos no Brasil
Em São Paulo, os casos são investigados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo identificados na capital, em São José dos Campos e Fernandópolis.
No Rio, dos seis casos suspeitos investigados pelas vigilâncias municipais com apoio da vigilância estadual, três são de moradores do município do Rio de Janeiro (uma criança de 4 anos, uma criança de 8 anos e um bebê de 2 meses).
Além disso, há suspeita de hepatite em uma criança de três anos de Niterói e uma criança de dois anos de Araruama. Um bebê de 8 meses, morador de Maricá, foi a óbito e a investigação também segue em andamento.
Já e MG, um caso foi notificado pelo município de Juiz de Fora e outro por Belo Horizonte. As notificações estão em investigação e acompanhamento. Os principais sintomas relatados foram dor abdominal e vômitos, acompanhados de alterações de enzimas hepáticas.
No Sul, Santa Catarina analisa o caso de uma criança de sete anos que deu entrada no Hospital Pequeno Anjo em Itajaí no dia 4 de maio apresentando quadro de inflamação do fígado e sintomas como icterícia (pele e olhos amarelados), náuseas, vômitos, diarréia e dor abdominal. No hospital foi constatado por meio de exame laboratorial o aumento das transaminases (enzimas hepáticas).
E o Paraná, por meio da secretária estadual de saúde, teve três casos suspeitos sob investigação, sendo que um já foi descartado. As notificações são em crianças entre 8 e 12 anos do sexo masculino.
A Secretaria da Saúde do Espírito Santo disse que investiga dois casos de hepatite de causa ainda não definida no estado, mas que a princípio não apresenta as mesmas características que estão sendo descritas em outros países. Esclarece que os pacientes estão sendo monitorados e estáveis.
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