Seis igrejas são interditadas em Salvador após vistorias apontarem irregularidades

Ações foram intensificadas após desabamento fatal na Igreja de São Francisco
Por: Brado Jornal 14.fev.2025 às 08h11
Seis igrejas são interditadas em Salvador após vistorias apontarem irregularidades
Reprodução

Seis igrejas católicas foram interditadas em Salvador após ações conjuntas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Defesa Civil identificarem riscos estruturais. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (13) pelos órgãos, que intensificaram vistorias após a morte de uma turista de 26 anos em um desabamento ocorrido na Igreja de São Francisco na semana passada.

Além da Igreja de São Francisco, outras cinco foram fechadas preventivamente:

  • Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem;

  • Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrat;

  • Igreja dos Perdões;

  • Igreja de Nossa Senhora da Ajuda;

  • Igreja da Ordem Terceira do Carmo;

  • Igreja de São Miguel.

Segundo o Iphan, as inspeções são parte de uma força-tarefa que conta com 15 servidores de outros estados. A Bahia possui 184 bens tombados, sendo 51 igrejas, das quais 30 estão localizadas em Salvador. Até o momento, 12 templos foram vistoriados, com oito apresentando necessidade urgente de reparos.

"O Iphan sempre fiscalizou os bens tombados. Em 2024, intensificamos as inspeções e já fiscalizamos 2.395 bens. Agora, estamos atuando de forma integrada com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, pois muitos desses imóveis demandam intervenção conjunta", explicou Leandro Grass, presidente do Iphan.

Ainda não foi divulgado um balanço detalhado sobre os problemas encontrados, mas os principais danos observados incluem estruturas de madeira corroídas por cupins, telhados comprometidos, infiltrações, mofo e rachaduras.

Para que as igrejas possam reabrir, todas as falhas apontadas devem ser corrigidas. De acordo com a legislação brasileira, os proprietários de bens tombados são responsáveis pela manutenção, mas podem solicitar recursos públicos em casos de necessidade financeira.

Apesar de participar das vistorias, o Iphan não tem poder para interditar ou liberar as igrejas. "A Defesa Civil é o órgão que determina o risco estrutural e a necessidade de interdição", enfatizou Grass.

Uma das interdições mais recentes foi a da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, ocorrida na quarta-feira (12). O motivo foi a situação precária do telhado do templo, cuja construção foi concluída em 1743 e tombado em 1938.

"A recomendação foi evacuar imediatamente, pois há risco de desabamento do telhado. Precisamos garantir a segurança das pessoas que frequentam a paróquia", explicou Carlene Souza, representante da Coordenação Paroquial.

As vistorias seguirão nos próximos dias para avaliar a extensão dos danos e definir medidas emergenciais.



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