Juca Chaves foi velado neste domingo (26), no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador. O compositor, músico, humorista e crítico morreu na noite de sábado (25), aos 84 anos, devido à complicações de problemas respiratórios.
"Ele sempre cantou as histórias antes, sempre falou quando um presidente ia sair, sempre soube das coisas. Agora o momento é muito duro, não sei como vai ser, só espero que não seja tão duro como está sendo agora", desabafou a viúva de Juca, Yara Chaves.
Juca Chaves com esposa e filhas — Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal
O artista e a esposa eram casados desde 1975 e tinham duas filhas: Maria Morena e Maria Clara. Segundo a família, Juca estava internado há 15 dias no hospital São Rafael, na capital baiana, e o estado de saúde piorou aos poucos.
Em entrevista à TV Bahia, Yara contou que Juca não tinha planos artísticos futuros. Ele passava o dia junto com a família no bairro de Itapuã, onde viviam. Com a esposa, assistia filmes na televisão e claro, contava muitas piadas.
"Ele sempre foi muito engraçado. Nós assistíamos a Sessão da Tarde e ele fazia piadas no meio dos filmes", relembrou a viúva.
Juca foi velado com o manto do time do coração, o São Paulo, pelo qual ele até gravou uma marchinha. Amigos e familiares participaram do velório, que foi seguido da cerimônia de cremação do artista, que era judeu.
Durante o velório, a filha Maria Morena ficou ao lado pai. Em entrevista à TV Bahia, a jovem falou brevemente sobre a relação que tinha com o pai.
"Ele sempre foi muito educado, muito humilde e amável. Vai fazer muita falta para a nossa família e para o Brasil também", disse.
Compositor, músico, humorista e crítico, Jurandyr Czaczkes Chaves, nome do artista, nasceu em 22 de outubro de 1938, no Rio de Janeiro, mas há décadas trocou a cidade de nascimento por Salvador.
Juca era conhecido como "O Menestrel Maldito", apelido que ganhou do poeta Vinicius de Moraes.
Formado em música clássica, Juca começou a carreira profissional em 1955, na TV Tupi, em São Paulo, sempre com humor ácido, inteligente e com críticas sociais.
Ele é autor de músicas que se tornoram sucesso no Brasil como "A cúmplice", "Menina", "Que saudade" e "Presidente Bossa Nova".
O músico foi candidato ao Senado pela Bahia em 2006 pelo PSDC e usou da poesia e do humor para pedir votos. Ele não foi eleito, mas a campanha de versos marcantes divertiu os baianos na época.
Em 2015, o artista voltou a ganhar destaque com uma sátira que falava sobre a situação política do Brasil e defendia a Operação Lava Jato.
Com 60 anos de carreira, diversos bordões e sucessos, Juca lotou teatros por todo Brasil divertindo plateias. Antes das apresentações costuma convocar o público com uma de suas frases célebres: "vá ao meu show e ajude o Juquinha a comprar o seu caviar".
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