Desativação dos trens em Salvador completa 2 anos com obras do VLT paradas

Consórcio responsável pelo projeto diz que cronograma está sendo rediscutido com governo.
Por: Brado Jornal 15.mar.2023 às 20h38
Desativação dos trens em Salvador completa 2 anos com obras do VLT paradas

A desativação dos trens do subúrbio de Salvador completou dois anos em fevereiro deste ano, com as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), sistema que deve ficar no lugar dos trens, paradas. O consórcio chinês responsável pelo projeto diz que o cronograma está sendo rediscutido com o Governo do Estado.

Enquanto isso, moradores da região, que gastavam R$ 0,50 pelo serviço nos trens, sentem falta de uma alternativa mais barata de transporte público, já que a passagem do ônibus custa R$ 4,90, um custo que representa 880% a mais em cada passagem no bolso do consumidor.

Antes da parada, a operação, que acontecia há 160 anos, transportava cerca de seis mil pessoas por dia. Os trens ligavam o Subúrbio Ferroviário pela orla da Baía de Todos-os-Santos, em 10 estações, da Calçada a Paripe.

Os trens saíram de cena em fevereiro de 2021, depois de 160 anos de operação para dar lugar às obras do VLT. A concessionária chinesa Skyrail é responsável pela obra por meio de uma parceria público-privada com o Governo da Bahia.

A primeira fase do projeto prevê a construção de 21 estações em 19 km entre o Comércio, a Calçada, passando pelo subúrbio até a Ilha de São João, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.

A segunda fase vai expandir o projeto até a Estação Acesso Norte do metrô de Salvador, com mais cinco estações em pouco mais de 4 km.

Imagens aéreas gravadas em fevereiro de 2022 mostram que, na época, as obras estavam no que será o pátio de manutenção dos veículos na antiga Estação da Calçada. A área estava terraplanada e prédios estavam em construção.

No entanto, imagens feitas na semana passada, mostram que pouco coisa mudou no local. As obras do VLT estão paradas e o valor total do projeto foi atualizado.

Segundo o consórcio, o valor do contrato agora é de R$ 5,2 bilhões. Em nota, a Skyrail informou que o edital inicial correspondente à fase um previa investimento de R$ 1,5 bilhão. Com a inclusão da fase dois, o investimento passou para R$ 2,5 bilhões. O valor atual inclui custos de implantação e operacionais.

A empresa informou ainda que o cronograma está sendo rediscutido com o governo para que as obras sejam retomadas.


Após a avaliação das linhas do Sistema Integrado de Transporte Coletivo que atendem a região do Subúrbio Ferroviário com percurso coincidente, integral ou parcialmente, ao trajeto realizado pelo trem foram definidas as linhas abaixo como principais alternativas:

1614 - Itaigara X Mirantes de Periperi Via Brotas;

1607 - Barra X Paripe Cocisa;

1550 - Vista Alegre/Alto de Coutos/Estação Pirajá;

1633 - Ondina X Mirantes de Periperi;

1606-01 – Base Naval Barroquinha;

1606-00 – Paripe X Barroquinha;

1651 - Lapa X Base Naval Via Estrada Velha;

1637 - Mirantes de Periperi - Imbuí/Boca do Rio;

0706-00 - Nordeste - Joanes / Lobato;

1642 - Lapa X Boa v. Lobato;

1615 - Lapa X Plataforma;

1568 - Barra X Faz. Coutos/vista Alegre;

L111 - Baixa Do Fiscal / Lobato – Brasilgás.

1567 - Vista Alegre - Barra

1608 – Paripe X Ribeira

1635 – Joanes X Lobato X Rodoviária



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