Primeiro jardim de chuva em espaço público é implantado na Pituba

A proposta é que esse primeiro equipamento funcione como projeto piloto e seja uma oportunidade de monitoramento e aprendizagem sobre o funcionamento
Por: Brado Jornal 19.dez.2022 às 17h23 - Atualizado: 19.dez.2022 às 17h24
Primeiro jardim de chuva em espaço público é implantado na Pituba
Foto: Ascom Secis

Salvador já passa a contar com o primeiro jardim de chuva em área pública na cidade. Localizado no canteiro central na Rua Anísio Teixeira, na Pituba (próximo ao Shopping Itaigara), o espaço foi selecionado por ser uma área de recorrência de alagamentos pontuais, com condições favoráveis de instalação. 

A implantação da infraestrutura é fruto de uma parceria da Prefeitura com o Cities4Forest, WRI Brasil, a C40 Cities e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). A proposta é que esse primeiro equipamento funcione como projeto piloto e seja uma oportunidade de monitoramento e aprendizagem sobre o funcionamento. 

Solução baseada na natureza, o jardim de chuva é uma infraestrutura verde que permite a infiltração da água da chuva no solo e a recarga do lençol freático. Ela complementa os sistemas tradicionais de drenagem, aprimora a qualidade da água, atenua a perda de biodiversidade e embeleza o ambiente urbano. A implantação do jardim de chuva faz parte do amplo processo de ações que a gestão municipal tem feito para minimizar os impactos das mudanças globais climáticas na rotina dos soteropolitanos. 

“Estamos implementando soluções com impacto ambiental positivo, mas que também beneficiem diretamente no dia a dia das pessoas. Essa é uma região que, por conta do contexto geográfico, acaba sofrendo com constantes alagamentos. Então, o jardim de chuva vem como uma solução para realização dessa microdrenagem, fazendo com que essa água seja levada para o lençol freático, melhorando todo nosso ecossistema e a rotina dos moradores da capital”, explicou a secretária de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), Marcelle Moraes.  

De acordo com o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sosthenes Macêdo, a ideia é monitorar os resultados do projeto piloto para ampliar a instalação das estruturas em outras áreas da cidade. “Toda nossa rede de drenagem tem sido reestruturada, mas, por vezes, devido às mudanças climáticas, temos observado grandes volumes de chuva em pouco espaço de tempo. Daí, mesmo com todo projeto estrutural correto, alguns locais ainda permanecem com retenção de água causada pela carga elevada de chuva. Esse programa tem essa finalidade também de fazer que nesses momentos de chuvas mais densas, o volume de água seja rapidamente absorvido, evitando que as ruas transbordem”, explicou.



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