O grupo Aliansce Sonae, maior administradora de shoppings do país, com 39 empreendimentos sob seu comando, desenvolveu um masterplan que será implementado em diversas cidades brasileiras, entre elas Salvador, onde a empresa gere o Shopping da Bahia.
O objetivo é valorizar os shoppings como lifecenters, colocando-os no centro de novos bairros sustentáveis, com opções de moradia, trabalho, compras, saúde, educação e entretenimento em distâncias facilmente cumpridas a pé ou de bicicleta.
“Os projetos multiuso geram valor com a diversificação do mix, promovem o reforço da liderança dentro de suas áreas de influência, além de desenvolverem a sustentabilidade”, explica Daniella Guanabara, diretora de Estratégia e Relações com Investidores da Aliansce Sonae, em entrevista à Valor Econômico.
Na capital baiana, um novo complexo conectará três torres residenciais e uma torre com lajes corporativas ao Shopping da Bahia, que passará a ter um centro de convenções próximo, em frente à Avenida Tancredo Neves. O projeto inclui áreas de lazer, alamedas e praças, todos conectados ao metrô e ao futuro BRT, que deverá ter parte do seu sistema operando já neste mês.
O projeto acompanha uma tendência global que estipula que, até 2050, 70% da população mundial vai viver em cidades, que têm o potencial de se tornar um ambiente cada vez mais sustentável, com serviços agregados e menores deslocamentos.
“Queremos criar espaços planejados que respondam às necessidades das pessoas, agregando qualidade de vida. Que elas possam morar, trabalhar, estudar e resolver seus problemas de saúde em 5 minutos a pé”, explica Mario Alves de Oliveira, diretor de Desenvolvimento e M&A.
O plano passa por uma mudança na proposta original dos shoppings, especialmente na forma como foram concebidos nos Estados Unidos, distantes, com grandes dimensões, focados em compras.
Além da capital baiana, serão impactados pelo projeto o Franca Shopping, em Franca (SP); o Uberlândia Shopping, em Uberlândia (MG); o Parque Dom Pedro Shopping, em Campinas (SP); e o Parque Shopping Maceió. Os contratos devem alcançar R$ 1 bilhão.
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