O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia abriu um inquérito para apurar o caso dos jovens que denunciam terem sido torturados pelo ex-patrão após um suposto furto, em uma loja, no centro de Salvador. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (29).
Em nota, o órgão informou que tomou conhecimento do caso por meio da imprensa, depois que o caso ganhou repercussão na última sexta (26). Nos próximos dias, um procurador será designado para acompanhar as apurações.
Além disso, segundo o MPT, informações devem ser solicitadas para a Polícia Civil, que já investiga o crime. O dono do estabelecimento e os dois jovens, que atuavam como vendedores no local, também devem ser convocados para serem ouvidos.
De acordo com relatos das vítimas, que têm 24 e 21 anos, as agressões aconteceram no dia 19 de agosto e foram filmadas. Além do dono da loja, outro homem teria participado dos ataques. As imagens foram compartilhadas nas redes sociais como um “aviso”.
Um dos jovens foi agredido com pauladas nas mãos e o outro teve as mãos marcadas com o número 171, em referência ao artigo 171 do Código Penal Brasileiro, que trata sobre o ato de estelionato, ou seja, enganar outras pessoas para conseguir benefícios próprios.
Os vídeos das agressões foram entregues na 1ª Delegacia Territorial (DT), nos Barris, onde o caso foi registrado. O material está sendo usado nas investigações. Os jovens agredidos já passaram por exames de corpo de delito e os envolvidos estão sendo ouvidos.
Na última sexta (26), o delegado William Achan, que cuida do caso, informou que o suspeito confessou as torturas em depoimento e disse que teria agido dessa forma porque havia ficado chateado com o sumiço de R$ 30 da loja.
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