Por cerca de 50 minutos, o público presente no auditório do Fera Palace Hotel na tarde desta sexta-feira (03) conheceu um pouco mais de Mário Kértesz, empresário, radialista, professor e ex-prefeito de Salvador, que participou pela primeira vez do Scream Festival.
No encontro, que teve como tema ‘Tudo o que não se sabe sobre Mário Kértesz’, ele confidenciou sobre os anos como prefeito de Salvador, entre 1979 e 1981, e 1986 até 1988, relação com o político Antônio Carlos Magalhães, família, morte, e sobre Salvador. Toda a conversa foi mediada pelo publicitário e sócio da Mundo Real, Maurício Magalhães.
“Tenho uma relação de muito amor com Salvador. E essa relação foi construída quando era jovem, principalmente a partir das minhas experiências na administração pública, como prefeito e secretário da fazenda, por exemplo”, destacou.
Em relação ao período como prefeito, Kértesz avaliou sua performance dizendo que fez uma bela gestão. “Mesmo realizando um bom mandato, Salvador vivia um momento de expansão e de verdadeiro êxodo, com muitas pessoas vindo do interior para morar aqui. Portanto, a população aumentou muito. Para todos terem oportunidade, nossa cidade precisa de um trabalho sério e constante de desenvolvimento e investimento em educação”.
Família
Na reta final da entrevista, Mário Kértesz destacou como vem aprendendo com os netos. “Com as mudanças nas relações provocadas pela tecnologia, hoje temos jovens antenados, engajados e contra qualquer tipo de preconceito. São questões que me ensinam e me dão esperança. Noto uma geração mais ativista e atenda. Aprendo mais com eles do que com qualquer livro”.
Aproveitando a deixa, Maurício Magalhães perguntou sobre a relação de Kértesz com as artes. “Em média sempre leio entre quatro a cinco livros, e vejo de cinco a sete filmes por semana. Isso me lembra do tempo que era jovem e ia nos cinemas e teatros do Rio de Janeiro e São Paulo com a minha mãe, já que não existiam muitos cinemas em Salvador”.
Morte
No alto dos seus 77 anos, Mário Kértesz diz que já pensa no dia que vai partir. “Já penso em como vai ser, se será de um jeito, ou de outro. Às vezes paro para pensar, faço um balanço da vida. Digamos que hoje me preparo. Voltando a falar da Bahia, vejo meu amor esse lugar nessas horas. Já morei em vários lugares e tenho oportunidade de ir para qualquer cidade, mas não vou, não troco pela Bahia. Quero morrer e ser enterrado aqui”.
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