Uma professora de Filosofia do Colégio Estadual Thales de Azevedo foi intimada pela polícia para prestar esclarecimentos sobre sua postura em sala de aula, sob a alegação de ensinar "conteúdos esquerdistas".
A intimação foi motivada por um boletim de ocorrência registrado por uma aluna e sua mãe na Delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca).
A equipe que gerencia a escola divulgou uma nota sobre o caso e diz que "as alegações são de que os conteúdos de Ciências Humanas são de "cunho esquerdista" e os de Linguagens são de "doutrinação feminista".
Uma nova versão surgiu sobre o caso da professora do Colégio Estadual Thales de Azevedo intimada pela polícia, a partir do registro do boletim de ocorrência (BO). Segundo a Polícia Civil, a mãe de uma adolescente registrou na Dercca que a filha teria sido hostilizada por colegas devido à sua opinião política.
A estudante teria sido também impedida de participar de atividades em grupos com colegas, sob o consentimento da professora, segundo a Polícia Civil. No entanto, segundo a APLB Sindicato, o que motivou o registro do BO foi o fato de a professora discutir temas como questões de gênero, racismo, assédio, machismo e diversidade em sala de aula, classificado como "esquerdista".
As pessoas envolvidas no caso estão sendo ouvidas pela Dercca. "É importante ressaltar que cabe à Polícia Civil investigar qualquer registro em suas unidades, agindo de modo imparcial ao apurar ocorrências que chegam a seu conhecimento. Só o desenrolar das investigações, portanto, poderá confirmar a veracidade das informações relatadas", diz nota enviada pela polícia.
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