Pelo segundo dia consecutivo, o nível do Guaíba, em Porto Alegre, continua diminuindo. Nesta sexta-feira, a medição realizada às 5h15 pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), registrou a marca 4,73 metros no Cais Mauá. Esse é o menor nível registrado desde a segunda-feira (13).
A elevação era consequência das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. Apesar da redução, o nível segue superior à cota de inundação do Guaíba, no Cais Mauá, que é de 3m. Lembrando que a cota de alerta é de 2,5 metros e a de inundação, 3 metros. A água escoa lentamente devido não apenas ao volume colossal, mas também porque o Guaíba deságua na Lagoa dos Patos, que também tem um escoamento lento, afetado por ventos e com uma saída apertada para o oceano. O vento sul nos últimos dias, que chegou aos 50 km/h, fez a água ir para o sentido contrário da saída para o mar.
Capturada de um vídeo divulgado pela Marinha do Brasil, em 5 de maio de 2024, mostra resgate de uma criança, por helicóptero, no bairro Mathias Velho, em Canoas, Rio Grande do Sul. De cima a baixo, equipes de resgate vasculham edifícios em Porto Alegre em busca de habitantes presos em apartamentos ou em telhados. — Foto: MARINHA DO BRASIL / AFP
A cota máxima do Guaíba foi registrada em 4 de maio, quando os medidores alcançaram 5,35 metros. O recorde anterior era da enchente de 1941, quando o nível do rio alcançou os 4,74 metros. Hidrólogo do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Leandro Casagrande avalia que, após o impacto da segunda onda de chuvas e o pico do Guaíba, a altura da água deve começar a baixar em um processo de esvaziamento que deve levar, pelo menos, de 20 a 30 dias
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