O papa emérito Bento XVI, que morreu no dia 31 de dezembro, em um mosteiro do Vaticano, aos 95 anos, pediu desculpas àqueles a quem “prejudicou”, segundo seu testamento espiritual publicado após sua morte.
Bento XVI, que foi o primeiro pontífice em quase 600 anos a renunciar, em vez de ocupar o cargo por toda a vida, foi eleito papa em abril de 2005, após a morte de João Paulo II.
No testamento, Bento falava dos “muitos motivos” que tinha para agradecer por sua vida.
Na carta, datada de 29 de agosto de 2006, o papa emérito agradeceu a Deus por tê-lo guiado “bem” ao longo de sua vida. Ele também expressou seu agradecimento a seus pais, que, segundo ele, lhe deram “a vida em um momento difícil”.
Ele agradeceu à irmã por sua ajuda “altruísta” e ao irmão pela “clareza de julgamento” que compartilhou com ele.
Joseph Ratzinger era conhecido por ser mais conservador do que seu sucessor, o Papa Francisco, que tomou medidas para suavizar a posição do Vaticano sobre aborto e homossexualidade, além de fazer mais para lidar com a crise de abuso sexual que tomou conta da Igreja nos últimos anos.
Na carta de 2006, o papa emérito “sinceramente” pediu “perdão” para aqueles que “prejudicou de alguma forma”.
Em suas últimas palavras, o pontífice pediu “humildemente”, apesar de todos os seus “pecados e defeitos”, que Deus o acolha no céu.
Em uma carta separada, divulgada pelo Vaticano em fevereiro de 2022, Bento XVI emitiu um pedido de desculpas geral aos sobreviventes de abuso, dizendo: “Mais uma vez, só posso expressar a todas as vítimas de abuso sexual minha profunda vergonha, minha profunda dor e meu sincero pedido de perdão”, mas não admitiu nenhum crime pessoal ou específico.
Não há indícios de que seu pedido de desculpas em sua carta final se relacione com a forma como a Igreja Católica lidou com as alegações de abuso sexual contra padres.
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