A líder do PSOL na Câmara dos Deputados, Talíria Petrone, afirmou que o partido deve usar o caso que resultou na cassação de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) como argumento para tentar preservar o mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). A declaração foi dada em entrevista ao site Metrópoles.
Na última quinta-feira (24), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), assinou a cassação de Brazão com base no número de faltas não justificadas, já que o parlamentar está preso acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. A medida, no entanto, foi interpretada como uma manobra regimental que evitou a análise do caso pelo plenário, preservando os direitos políticos de Brazão.
“A Câmara decidiu não votar a cassação de um deputado acusado de mandar matar uma vereadora e de integrar a milícia do Rio de Janeiro, mas quer votar a cassação de um deputado que apenas se exaltou?”, questionou Talíria, em referência ao processo contra Glauber Braga, acusado de agressão física após se envolver em uma discussão durante uma sessão.
Para a deputada, a penalidade imposta a Glauber seria “completamente desproporcional”. Ela também criticou a diferença de tratamento entre os casos. "Entendo que a decisão da Mesa Diretora de não votar a cassação de Chiquinho Brazão nos possibilita argumentar. Se a Câmara não votou a perda de mandato de quem é acusado de mandar matar, é óbvio que não deve votar a de quem se envolveu em um ato de exaltação", afirmou.
Ao ser cassado por faltas não justificadas, como foi o caso de Brazão, o parlamentar mantém seus direitos políticos e pode se candidatar normalmente nas próximas eleições, diferente do que ocorre em uma cassação decidida por quebra de decoro parlamentar em plenário.
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