A defesa de Rodrigo Felício, integrante do alto escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC), preso em uma penitenciária do interior de São Paulo, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a redistribuição de pelo menos dois processos para outros magistrados, após seis decisões desfavoráveis do ministro Kássio Nunes Marques.
A informação foi confirmada nesta segunda-feira (28) pelo próprio STF à Gazeta do Povo, em resposta a uma apuração do site Metrópoles. A reportagem aponta que Felício teria articulado de dentro da prisão uma tentativa frustrada de aproximação de seus emissários com o ministro.
A suposta tentativa é investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo. O órgão confirmou apenas a existência do processo, que corre sob sigilo.
Resposta do STF
Em nota, o gabinete de Nunes Marques afirmou que o ministro desconhece as pessoas mencionadas na apuração e que nunca as recebeu. “Um advogado da parte pediu audiência pelos meios oficiais e foi atendido por videoconferência por um juiz instrutor do gabinete, como de praxe", afirmou o STF.
Segundo a Corte, das oito ações envolvendo Felício, seis tiveram decisões desfavoráveis confirmadas pela Segunda Turma do STF. Nas duas restantes, houve pedido da defesa para redistribuição dos processos ao ministro Edson Fachin, e os autos foram encaminhados à Presidência para análise.
De acordo com o Metrópoles, Felício teria enviado cartas manuscritas com a ajuda da companheira para que sua filha tentasse contato com Nunes Marques, utilizando uma rede de amigos do namorado da jovem.
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