O engenheiro Frederico de Siqueira Filho, presidente da Telebras, foi oficialmente nomeado e empossado nesta quinta-feira (24.abr.2025) como novo ministro das Comunicações. A escolha, articulada pelo União Brasil e liderada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), veio após a recusa do deputado Pedro Lucas Fernandes (MA) ao convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A nomeação de Siqueira Filho foi considerada uma solução de perfil técnico dentro do partido, especialmente depois da crise gerada com o recuo de Pedro Lucas. O parlamentar, que chegou a ser anunciado publicamente pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, optou por não assumir a pasta após pressão de sua bancada na Câmara. A justificativa foi que, diante da impossibilidade de indicar um substituto de sua confiança para a liderança do partido, o mais prudente seria recuar.
O governo, inicialmente frustrado com a negativa do deputado, viu na escolha de Siqueira uma alternativa com experiência sólida. Aliados de Alcolumbre destacam que ele teve papel fundamental na recuperação da Telebras e demonstrou ter um perfil administrativo com visão voltada para o setor privado.
Siqueira Filho lidera a Telebras desde abril de 2024, com mandato previsto até 2026. A estatal, vinculada ao Ministério das Comunicações e de capital aberto, está sob sua gestão em um momento estratégico para as políticas públicas de conectividade no país.
Perfil do novo ministro
Graduado em engenharia civil pela Universidade de Pernambuco (UPE), Frederico de Siqueira Filho acumula 26 anos de atuação no setor de telecomunicações. Iniciou a carreira em 1997 como coordenador técnico na Autelserv Telecomunicações. Passou duas décadas na Oi, onde foi responsável por áreas como Planejamento, Relações Institucionais, Regulação e Comercial. Por 10 anos, foi diretor de Relações Institucionais da Oi Brasil.
Crise com o nome anterior
A saída de Juscelino Filho (União Brasil-MA) do Ministério das Comunicações, após ser denunciado pela Procuradoria Geral da República por suposto desvio de emendas parlamentares, desencadeou a busca por um novo nome. O partido, que desejava manter a cota no governo, inicialmente indicou Pedro Lucas. No entanto, a pressão interna — principalmente da bancada na Câmara — levou à desistência.
Conforme avaliação de interlocutores do União Brasil, a substituição por Siqueira Filho representou uma solução mais estável e alinhada com a imagem técnica que o partido desejava projetar após o desgaste político causado pelas idas e vindas da indicação.
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