Internado no DF Star e intimado pessoalmente na quarta‑feira (23) para responder em cinco dias à acusação de tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro (PL) voltou às redes para reclamar de tratamento desigual da Justiça. No X (antigo Twitter), o ex‑presidente citou reportagem que narrou a prescrição de processo por dano ao patrimônio público contra o deputado Guilherme Boulos (Psol‑SP) depois de oficiais não conseguirem localizá‑lo.
“No meu caso, entraram na UTI; no dele, a Justiça não o encontrou. Foi porque ele era líder do MTST ou mera coincidência?”, provocou Bolsonaro.
O processo contra Boulos se referia a protesto de 2017 em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Segundo a Folha, a defesa do parlamentar avisou em depoimento que mudaria de residência e forneceu o novo endereço, além de manter contato de advogados à disposição — ainda assim, oficiais teriam ido a endereços antigos e não atualizaram o cadastro.
Já a oficial de justiça Cristiane Aparecida Oliveira certificou ao STF que intimou Bolsonaro às 12h47 de quarta‑feira dentro da UTI, após a Corte considerar que a participação dele em live na véspera demonstrava plena capacidade de ser citado.
Com a assinatura colhida, corre até segunda‑feira (28 abr) o prazo para a defesa prévia. A equipe jurídica do ex‑presidente estuda alegar nulidade da intimação por suposta violação de direitos humanos — argumento que aliados pretendem levar a organismos internacionais. O STF, porém, sustenta que a própria defesa vinha informando diariamente o estado de saúde do paciente e que lives indicam condição de receber mandados.
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