O Senado deve votar nesta quarta‑feira (23) o projeto de lei que estabelece normas para o transporte aéreo de cães e gatos em voos domésticos. Apelidada de “Lei Joca” — referência ao labrador que morreu em 2024 após erro logístico da Gol —, a proposta torna obrigatória a oferta desse serviço pelas companhias aéreas, hoje facultativa.
Pontos‑chave do texto
Obrigatoriedade do serviço
Todas as empresas que operam rotas nacionais terão de transportar cães e gatos, obedecendo critérios de saúde, porte e peso definidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Cabine ou porão
Responsabilidade objetiva
Em caso de morte, lesão ou extravio, a empresa responde mesmo sem culpa, com indenização obrigatória cujos valores mínimos serão fixados em regulamento.
Deveres do tutor
Quem leva o pet na cabine é responsável por limpeza e eventuais prejuízos causados pelo animal durante o voo.
Tramitação
Por que importa
A morte de Joca expôs lacunas na regulação: a Gol despachou o labrador para destino errado, deixando‑o horas confinado e sem cuidados adequados. O caso gerou pressão pública e acelerou a discussão no Congresso, que agora busca padronizar procedimentos e garantir segurança jurídica para tutores e empresas.
Caso seja aprovado ainda neste semestre, o novo marco regulatório obrigará as companhias a investir em treinamento de equipes, revisão de protocolos de manuseio e sinalização clara sobre condições de transporte. Para os tutores, a lei promete maior previsibilidade — mas também custos adicionais, já que as empresas continuarão livres para cobrar pelo serviço, desde que cumpram as novas exigências.
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