O Palácio do Planalto está concentrando esforços para barrar o avanço do projeto de anistia no Congresso. A principal aposta do governo é o encontro que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e líderes partidários da Casa, logo após o feriado da Páscoa.
Segundo auxiliares presidenciais, o governo vê na reunião uma oportunidade-chave para convencer os parlamentares da base a se posicionarem contra a proposta. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, acompanhará Lula na articulação.
A estratégia segue o modelo do encontro realizado no início de abril entre Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em que o presidente buscou estreitar laços com senadores e garantir apoio a pautas prioritárias do governo.
“O governo não está numa operação de retaliação, mas está, sim, mostrando aos deputados a gravidade política, jurídica e institucional que significa apoiar esse projeto”, afirmou Gleisi à coluna de Igor Gadelha.
Nos bastidores, a proposta tem sido chamada por Gleisi de “PL da Anistia”, e o Planalto considera que a aprovação da medida comprometeria a integridade institucional do país. A intenção da articulação é enfraquecer o apoio à proposta dentro da própria base aliada e evitar que ela avance no plenário.
O projeto de anistia, criticado por juristas e parte da opinião pública, tem gerado divisão entre os partidos. Com a ofensiva política do governo, o Planalto tenta não apenas impedir a votação, mas também reforçar sua relação com o Legislativo, em um momento de crescente pressão e cobranças por parte de parlamentares.
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