Após a Justiça da Espanha negar o pedido de extradição feito pelo Brasil, o jornalista Oswaldo Eustáquio anunciou que pretende iniciar, nos próximos 40 dias, a travessia do Caminho de Santiago de Compostela, uma das peregrinações mais tradicionais do mundo.
“O próximo passo agora é percorrer o Caminho de Santiago de Compostela e agradecer a Deus por essa vitória e pedir pela anistia dos presos políticos”, declarou Eustáquio.
A decisão de não extraditá-lo foi unânime entre os juízes da Audiência Nacional espanhola, que entenderam que as acusações contra Eustáquio têm motivação política e que sua volta ao Brasil poderia agravar sua situação jurídica por conta de suas opiniões.
Caminho milenar
O Caminho de Santiago, que termina na cidade de Santiago de Compostela, na Galícia (noroeste da Espanha), é reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial e atrai milhares de peregrinos por ano, seja por fé, espiritualidade ou turismo.
A rota mais tradicional, o Caminho Francês, percorre cerca de 800 km a partir de Saint-Jean-Pied-de-Port, na França.
Contexto político e jurídico
Eustáquio é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em processos ligados ao 8 de janeiro de 2023. A negativa da extradição foi interpretada pela defesa e por apoiadores como uma vitória contra perseguição política.
Os juízes espanhóis justificaram a decisão alegando que os atos investigados estão conectados a ações coletivas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, e que não configuram crime no ordenamento jurídico espanhol.
“A extradição há de ser declarada improcedente por ser uma conduta com evidente conexão e motivação política”, diz trecho da decisão.
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