O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, saiu em defesa da atuação da primeira-dama Janja Lula da Silva em eventos internacionais, afirmando que ela continuará representando o Brasil sempre que for convidada, designada ou quiser. A declaração foi dada em entrevista ao Poder360, nesta segunda-feira (14).
“A gente ainda tem um mundo muito machista. E quem é Janja Lula da Silva? Uma pessoa formada, socióloga, já trabalhou no batente de um centro de referência em assistência social. Então, como o próprio presidente diz, ela vai ser o que quiser ser. Ela vai fazer a agenda que quiser porque todas as mulheres devem ter essa liberdade de total autonomia”, afirmou o ministro.
Janja tem marcado presença em compromissos internacionais, como a 48ª Sessão do Conselho de Governança do Fida, realizada em fevereiro, em Roma. Ela foi convidada oficialmente pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, vinculado à ONU, e viajou ao lado de Wellington Dias. A missão, segundo divulgado, custou ao menos R$ 260 mil aos cofres públicos.
Em resposta às críticas da oposição sobre os custos das viagens e a ausência de um gabinete oficial da primeira-dama, o ministro citou o legado da ex-primeira-dama Ruth Cardoso, esposa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Quantas vezes ela representou o Brasil em fóruns internacionais”, lembrou.
Uma das viagens que mais gerou controvérsia foi a ida de Janja ao Japão, em março. Ela chegou uma semana antes do presidente Lula, sem anúncio oficial. A equipe justificou a antecipação como forma de economizar passagens aéreas, negando qualquer irregularidade ou falta de transparência.
O presidente Lula também saiu em defesa da esposa. Em declaração feita no fim de março, ele classificou as críticas como “molecagem”, “fake news” e “irresponsabilidade”. “Ela vai estar onde ela quiser, vai falar o que ela quiser e vai andar para onde ela quiser”, disse o chefe do Executivo.
A atuação de Janja em temas como meio ambiente, agricultura familiar e desenvolvimento social tem gerado debates sobre o papel das primeiras-damas no governo federal e os limites – formais ou simbólicos – de sua influência na política externa.
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