Quaquá articula aliança contra candidato de Lula na disputa pela presidência do PT

Prefeito de Maricá busca apoio de Rui Falcão para barrar Edinho Silva, nome defendido por Lula, em eventual segundo turno
Por: Brado Jornal 16.abr.2025 às 07h26
Quaquá articula aliança contra candidato de Lula na disputa pela presidência do PT
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, entrou em campo para tentar formar uma frente contra o candidato apoiado pelo presidente Lula na disputa pela presidência nacional do PT. Quaquá procurou o deputado federal Rui Falcão (SP) — também pré-candidato ao cargo — com o objetivo de costurar uma aliança estratégica para um possível segundo turno contra o ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, nome que conta com o respaldo informal de Lula.

“Não procurei o presidente Lula, porque já conversei com ele sobre a falta de consenso em relação ao nome de Edinho, que não tem apoio nem em São Paulo, na terra dele. Procurei Rui Falcão para tentar uma aliança em caso de segundo turno”, declarou Quaquá à coluna de Igor Gadelha.

A eleição interna do partido está marcada para julho, e a disputa está cada vez mais polarizada. Além de Quaquá, Rui Falcão e Edinho Silva, outros nomes também estão na corrida: o dirigente Romênio Pereira e o historiador Valter Pomar, militante histórico da legenda.


Críticas ao favorito

Quaquá também lançou críticas diretas a Edinho, colocando em dúvida o apoio do presidente da República.

“Edinho, como não tem apoio de ninguém, fica dizendo que tem apoio de Lula. Só que Lula nunca disse isso a ninguém. Isso é cabeça de bacalhau”, afirmou o prefeito fluminense.

Alfinetou ainda a derrota de Edinho nas urnas em sua cidade natal:

“Diferente de Edinho, eu não perdi a eleição na minha cidade. Vou lançar minha candidatura no Rio. Depois, vou para Brasília e São Paulo. Garanto que vou colocar mais gente na rua do que ele.”


Racha interno

Mesmo visto como o favorito, Edinho Silva enfrenta resistência dentro da própria legenda. A divisão ficou clara em uma reunião ocorrida em março, na residência da presidente nacional do PT, ministra Gleisi Hoffmann, quando integrantes da sigla chegaram a confrontar Lula sobre o apoio ao ex-prefeito.

A disputa promete ser acirrada e, com cinco nomes no páreo, a possibilidade de um segundo turno interno é considerada cada vez mais provável. Nos bastidores, já se articula um cenário em que alianças entre os adversários de Edinho possam ser determinantes para o desfecho da eleição.



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