A cúpula do PSol decidiu endurecer o discurso contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após o Conselho de Ética da Casa aprovar o parecer que recomenda a cassação do mandato do deputado Glauber Braga (PSol-RJ). A decisão foi tomada após o Centrão se aliar à direita para aprovar o relatório do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) que pede a perda do mandato do psolista.
Até então, o PSol vinha adotando uma postura mais conciliadora nos bastidores, buscando preservar o mandato de Glauber. A legenda chegou a sinalizar que aceitaria uma punição mais branda, como a suspensão temporária das atividades parlamentares, para evitar a cassação. No entanto, com o avanço do processo, a direção partidária mudou de estratégia.
De acordo com lideranças do PSol, o endurecimento da posição também se deve à ameaça de greve de fome feita por Glauber Braga, que promete iniciar o protesto caso o processo não seja revertido. A legenda pretende responsabilizar diretamente Hugo Motta por qualquer agravamento no estado de saúde do deputado e, com isso, aumentar a pressão pública sobre a presidência da Câmara.
A nova linha adotada pelo partido inclui críticas abertas à condução do processo e acusações de que a cassação tem motivação política. A sigla também promete mobilizações e atos públicos em defesa de Glauber.
O processo ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes de ser levado ao plenário da Câmara. O regimento interno prevê um prazo de até duas semanas para que a Casa decida em votação final se cassará ou não o mandato do deputado fluminense.
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