Com a demissão do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o PSD viu uma oportunidade de ampliar seu espaço no governo Lula. Lideranças do partido procuraram a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) para pleitear um novo ministério — mas não o das Comunicações.
O alvo do PSD é o Ministério do Turismo, atualmente sob comando de Celso Sabino (União Brasil-PA). A legenda propõe um rearranjo ministerial: Sabino seria realocado para a Ciência e Tecnologia, pasta hoje chefiada por Luciana Santos (PCdoB), que por sua vez iria para o Ministério das Mulheres, atualmente sob o comando de Cida Gonçalves (PT). A ministra tem sido alvo de críticas internas.
O PSD deseja indicar um deputado federal da bancada para o Turismo. O mais cotado é o deputado Pedro Paulo (RJ), que chegou a ser cogitado para a Esplanada no início do governo Lula, mas foi vetado por Janja Lula da Silva.
Gleisi prometeu levar o pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que retorna de viagem a Honduras, onde participa da cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).
Nos bastidores, o PSD avalia que ganhar um novo ministério pode ajudar o partido a se distanciar da pressão interna para apoiar o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, principal pauta dos bolsonaristas na Câmara.
O líder do partido na Casa, Antonio Brito (BA), tenta conter o avanço do apoio à proposta, mas enfrenta resistência, especialmente de deputados do Sul e Sudeste, como o vice-líder Reinhold Stephanes Junior (PR), que já assinou o requerimento de urgência para votação do projeto.
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