O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), afirmou nesta segunda-feira (7) que respeita a pré-candidatura à Presidência do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, mas garantiu que a “ampla maioria” do partido está alinhada com uma eventual tentativa de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026.
A declaração foi dada durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na qual Sabino reforçou que, embora o União Brasil valorize a democracia e respeite disputas internas, a legenda tende majoritariamente a apoiar o petista.
“Nosso partido é um partido que defende muito a democracia, por isso respeitamos a posição do governador Caiado, que tem esse sentimento em seu coração e vai defender nas prévias”, afirmou. “Mas a gente tem uma ampla maioria formada – por deputados na Câmara, senadores, lideranças em todo o país – e tenho certeza que em 2026 o nosso partido terá uma maioria ainda maior na defesa da reeleição do presidente Lula.”
Sabino também buscou desvincular o anúncio feito por Caiado de uma iniciativa institucional do União Brasil. “Foi um gesto e uma manifestação pessoal do governador de Goiás, não um movimento do partido”, pontuou.
O governador Ronaldo Caiado lançou sua pré-candidatura à Presidência da República na sexta-feira (4), durante evento em Salvador. Na ocasião, fez duras críticas ao governo Lula, acusando a gestão de não ter um plano claro para o país e de perder espaço no cenário internacional.
“O governo Lula não tem plano de governo. Não sabe para o que veio. Deixa a gente chegar lá, você não dá conta de governar”, declarou. Caiado também atacou a nomeação de Gleisi Hoffmann (PT) para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e criticou programas recentes da gestão federal, como o Crédito do Trabalhador.
O discurso de lançamento reforçou a pauta da segurança pública e apostou em um tom de oposição ao Planalto, em contraste com a postura do partido no governo, que ocupa ministérios e apoia a base de sustentação política de Lula.
Apesar do gesto político, Caiado ainda enfrentará o desafio de consolidar seu nome nacionalmente e vencer resistências internas dentro de seu próprio partido, que, como evidenciado por Sabino, mantém fortes vínculos com o governo atual.
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