Carlos Bolsonaro depõe à PF sobre suposto esquema de espionagem na Abin

Investigação sobre “Abin paralela” está na reta final; Ramagem pode ser indiciado
Por: Brado Jornal 07.abr.2025 às 11h22
Carlos Bolsonaro depõe à PF sobre suposto esquema de espionagem na Abin
Renan Olaz/Agência Brasil

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) prestou depoimento à Polícia Federal (PF) na última sexta-feira (4) no inquérito que investiga a existência de uma estrutura clandestina de espionagem dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), conhecida como “Abin paralela”. A investigação está em fase final e deve ser concluída ainda neste mês.  

O depoimento ocorreu na superintendência da PF no Rio de Janeiro e teve como principal objetivo esclarecer o papel do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin e apontado como responsável pelo suposto esquema de monitoramento ilegal. A PF já reúne evidências suficientes para indiciar o parlamentar.  

Carlos Bolsonaro negou qualquer relação próxima com Ramagem, afirmando que o conheceu apenas quando o então chefe da Abin assumiu a coordenação da segurança de Jair Bolsonaro, em 2018, após o atentado contra o ex-presidente. O vereador também rechaçou qualquer solicitação de informações ilegais por meio da Abin ou do software israelense FirstMile, ferramenta utilizada para espionagem de celulares. Sua assessora, que também prestou depoimento, disse desconhecer Ramagem e negou as acusações.  

As investigações indicam que Carlos Bolsonaro teria sugerido alvos para monitoramento pelo software espião, que rastreava a localização de pessoas. Entre os supostos alvos estariam políticos, jornalistas e autoridades, incluindo os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia e do atual ministro da Educação, Camilo Santana.  

Em janeiro de 2024, Carlos foi alvo de uma operação da PF autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes. Na ocasião, foram apreendidos documentos e dispositivos eletrônicos que reforçariam a suspeita de seu envolvimento no esquema.  

Dias antes do depoimento do vereador, Ramagem foi alvo de uma nova operação da PF sob a acusação de liderar a estrutura clandestina de espionagem entre 2019 e 2022. O caso segue sob análise do STF.



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