A manifestação "Sem Anistia", convocada pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) contra a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, deve ser marcada por um desfalque significativo de ministros do governo Lula. Embora Boulos seja aliado do presidente e tenha recebido apoio do PT nas eleições de 2024, fontes indicam que figuras chave do governo, como a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e o ministro Alexandre Padilha (Saúde), não participarão do evento.
A manifestação, que ocorre no domingo (30/3) na Avenida Paulista, surge como uma resposta ao protesto bolsonarista realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último dia 16. Nos bastidores, membros do governo Lula argumentam que a presença de ministros poderia associar o fracasso do ato ao presidente, criando mais combustível para a oposição atacá-lo. A avaliação é de que Boulos não conseguirá mobilizar um público comparável ao dos bolsonaristas, o que poderia ser usado como argumento contra Lula e a esquerda.
A controvérsia sobre o evento se intensificou quando Jair Bolsonaro (PL) ironizou a manifestação durante um pronunciamento após ser formalmente acusado no STF. O ex-presidente fez referência ao ato de Boulos, chamando-o de "movimento da esquerda" e ironizando sua pauta, que inclui a prisão de Bolsonaro. O deputado do PSOL reagiu à provocação com humor, agradecendo ao ex-presidente pelo "convite" para o protesto.
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