O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), sinalizou, na terça-feira (25), uma possível ameaça ao plano do relator Alexandre de Moraes para o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito sobre a suposta tentativa de golpe.
Moraes articulou para que o caso fosse julgado na Primeira Turma, buscando manter a tendência de decisões unânimes contra Bolsonaro. No entanto, Fux abriu divergência ao defender que o processo deveria ser analisado pelo plenário do STF, e não pelo colegiado reduzido da Primeira Turma.
Além disso, Fux demonstrou reservas quanto à colaboração premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O ministro afirmou que, apesar de não ser o momento para anular a delação, pretende avaliar sua legalidade no momento oportuno.
As posições do ministro animaram aliados do ex-presidente, que acreditam que ele poderá votar contra o recebimento da denúncia. No entanto, mesmo com um eventual posicionamento favorável a Bolsonaro, a tendência é que a Primeira Turma aceite a denúncia, tornando o ex-presidente e seus aliados réus.
Os votos dos ministros sobre o mérito da denúncia serão apresentados nesta quarta-feira (26), quando a decisão final será conhecida.
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