O ministro da Assistência e Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que a alta no preço dos alimentos no Brasil está diretamente ligada ao aumento da renda das classes mais baixas. Em entrevista, Dias reconheceu que os preços elevados afetaram a popularidade do presidente Lula, mas destacou que isso também reflete um crescimento no poder de compra da população mais pobre entre 2023 e 2024.
“Se, de um lado, dizem que o presidente Lula teve uma baixa na aprovação, e é verdadeira, [isso se deve] principalmente a problemas como a alta no preço dos alimentos. Isso é um problema real, e o presidente não titubeou. Ele imediatamente adotou providências para produzir mais arroz. Agora, uma coisa boa: o alimento teve aumento de preço porque a renda cresceu. O povo, principalmente o povo mais pobre, com mais renda”, explicou Dias.
Segundo o ministro, a renda média da população cresceu cerca de 11% nos dois primeiros anos do governo Lula, chegando a até 30% entre os 5% mais pobres. Esse aumento resultou em um maior consumo, o que pressionou a demanda por alimentos.
“A renda cresceu em média 11%. Em termos reais, 23% a 24%. Os mais pobres tiveram um crescimento de 30,8%. Houve mais consumo. Aumentou a demanda”, avaliou.
Dias também mencionou o impacto da valorização do dólar nos preços dos alimentos, ressaltando que muitos produtos, como milho e café, têm preços atrelados ao mercado internacional. Além disso, citou o aumento da demanda global, especialmente da China e Índia, como um fator adicional para a elevação dos custos.
“Claro que houve alguns preços com aquele aumento, até de certa forma carregado de especulação, um aumento na valorização do dólar frente ao real. Muitos preços são internacionalizados. O arroz que plantamos no ano passado, estamos colhendo agora, então o preço está voltando, e é assim com vários produtos”, disse.
O governo aposta na normalização da produção agrícola para aliviar os preços e reduzir o impacto da inflação sobre a população.
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