A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) planeja investir até R$ 350 milhões para ampliar os estoques de grãos no Brasil, como parte de uma estratégia para conter a inflação dos alimentos. Entre os produtos a serem adquiridos pelo governo em períodos de baixa de preços estão o milho, arroz e feijão.
Atualmente, as regras de aquisição visam garantir a renda do produtor rural, mas não favorecem a formação de estoques estratégicos. Segundo Edegar Pretto, presidente da Conab, a proposta é permitir que o governo compre grãos em momentos de baixa, para evitar impactos negativos no mercado. "Precisamos de mais flexibilidade, e a ideia é comprar na baixa para não fazer os preços subirem", afirmou em entrevista à Reuters.
A formação de estoques públicos de alimentos foi uma promessa de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022 e vai contra a política adotada nos últimos governos. Embora a compra de grãos ajude a controlar os preços, também pode impedir que os alimentos fiquem mais baratos quando há grande oferta.
Atualmente, os estoques de grãos no Brasil estão em níveis baixos, especialmente quando comparados aos períodos anteriores dos governos petistas. A Conab espera que a safra recorde de 2025 ajude a recompor esses estoques. A medida ocorre em um momento de crescente preocupação com a inflação dos alimentos, que teve alta de cerca de 8% em 2024, com aumento de quase 1% apenas em janeiro.
Do total previsto para a compra de grãos, R$ 189 milhões já estão assegurados.
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