O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializa nesta segunda-feira (10) a posse de Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais e de Alexandre Padilha no Ministério da Saúde. As mudanças fazem parte da minirreforma ministerial e buscam fortalecer a articulação do governo com o Congresso e melhorar a popularidade do presidente.
A cerimônia de posse acontece às 15h e contará com a presença de diversos ministros e aliados, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A escolha de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais foi vista com reservas por partidos do Centrão, que desejavam mais espaço nos ministérios estratégicos do governo. A mudança pode aumentar a tensão entre o PT e os partidos da base governista, que cogitam lançar um candidato próprio ou apoiar a oposição em 2026.
Gleisi, que deixou a presidência do PT na última sexta-feira (7), tem um histórico de confrontos com o Congresso e será testada em sua nova função de articulação política. Para seu lugar no comando do partido, foi escolhido o senador Humberto Costa (PT-PE), em um mandato-tampão de quatro meses.
Já Alexandre Padilha retorna ao Ministério da Saúde, pasta que comandou entre 2011 e 2014 no governo Dilma Rousseff. Sua missão será melhorar a imagem do SUS e impulsionar o programa Mais Especialistas, uma das bandeiras de Lula para facilitar o acesso da população a consultas médicas.
Padilha substitui Nísia Trindade, que deixou o cargo no último dia 25 após semanas de desgaste com o governo. Em sua saída, a ex-ministra criticou os vazamentos sobre sua demissão na imprensa.
Com essas mudanças, já são oito substituições no primeiro escalão do governo desde o início do mandato. Algumas ocorreram para acomodar o Centrão, como a nomeação de Celso Sabino (Turismo), André Fufuca (Esporte) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). Outras foram motivadas por crises ou ajustes estratégicos, como a ida de Flávio Dino para o STF e a troca de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social.
As movimentações mostram a tentativa do governo de reorganizar sua base política em um ano pré-eleitoral, mas também evidenciam desafios na relação com aliados.
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