O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) investirá R$ 3,5 bilhões este ano em campanhas publicitárias para melhorar a imagem de suas políticas sociais, de educação, saúde e de estatais como Correios, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
A reportagem da Folha de S. Paulo revelou que os contratos de publicidade, já firmados ou em andamento com 21 órgãos federais, têm como foco a divulgação de programas como o Pé-de-Meia e o Mais Especialistas, que foram frequentemente mencionados por Lula em seus discursos. A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) afirmou que a publicidade tem a missão de garantir à sociedade o conhecimento das ações do governo, além de divulgar direitos e outros pontos importantes.
O aumento dos investimentos ocorre em meio a uma queda significativa na popularidade de Lula, principalmente devido à crise econômica e ao aumento nos preços dos alimentos desde o final de 2024. Em janeiro, houve a troca na Secom, com o publicitário Sidônio Palmeira assumindo o comando da pasta para reformular a estratégia de comunicação do governo.
Entre os contratos já em vigor ou em processo de licitação, destacam-se os investimentos em Correios, que têm um orçamento de R$ 380 milhões para reposicionar sua marca no mercado de encomendas e logística. O Banco do Brasil receberá o maior montante, com R$ 750 milhões, seguido pela Secom com R$ 562,5 milhões e pela Caixa Econômica Federal, que terá R$ 468,1 milhões.
Os órgãos envolvidos justificam esses gastos como necessários para garantir a transparência das ações governamentais e para manter a competitividade de estatais no mercado. A Caixa Econômica Federal afirmou que os investimentos são compatíveis com seu porte e essenciais para a manutenção da competitividade no setor bancário. O Banco do Brasil também defendeu seus investimentos em publicidade, destacando o retorno positivo nas suas operações financeiras.
O Ministério da Educação, que teve seu orçamento elevado em 40% em relação a 2022, planeja aumentar seu investimento em publicidade de R$ 27,4 milhões para R$ 140 milhões, justificando que o crescimento é necessário para divulgar novas políticas educacionais.
Esses gastos com publicidade vêm sendo monitorados e discutidos em meio ao cenário econômico desafiador, com o governo buscando recuperar a confiança da população e melhorar sua imagem diante das críticas em relação ao desempenho da economia.
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