A defesa do tenente-coronel Mauro Cid reafirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a legalidade de seu acordo de delação premiada e negou qualquer tipo de coação no processo. Em manifestação entregue à Corte, os advogados sustentaram que Cid sempre esteve acompanhado por seus defensores durante os depoimentos à Polícia Federal e nos trâmites formais da colaboração.
O documento faz parte da estratégia de defesa do militar na denúncia que investiga um suposto golpe de Estado, caso que também envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem Cid era ajudante de ordens.
Em sua delação, Mauro Cid admitiu ter repassado a Bolsonaro US$ 86 mil provenientes da venda de joias. O fato consta na investigação conduzida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que busca esclarecer o suposto esquema de comercialização irregular de presentes recebidos pelo governo federal.
Os advogados de Cid enfatizaram que o militar jamais foi coagido ou induzido a prestar informações e que não há dúvidas sobre a regularidade do acordo de colaboração. A defesa também reiterou compromisso com os princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal.
Apesar de confirmar os relatos de Cid, os advogados discordam das acusações da PGR, argumentando que há uma "distância estelar" entre os depoimentos prestados pelo militar e as conclusões do órgão sobre sua suposta responsabilidade penal. A defesa já sinalizou que pretende pedir a absolvição sumária de Cid ao longo do processo.
O caso segue sob análise do STF, que avaliará as alegações e provas apresentadas.
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