O ministro da Casa Civil, Rui Costa, justificou a crescente desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontando dois fatores principais: a dificuldade de comunicação do governo e o cenário econômico global, especialmente o impacto nos preços dos alimentos. A avaliação foi dada após a divulgação da pesquisa Quaest, que mostrou um aumento significativo na desaprovação do presidente, com a alta dos preços de alimentos sendo um dos principais fatores apontados pelos entrevistados.
Segundo o ministro, a falta de uma comunicação mais eficaz do governo nos primeiros anos de mandato contribuiu para essa queda na popularidade. "Nós temos um governo que reestruturou o país, mas não comunicamos bem nesses dois anos. Estamos agora em um esforço gigantesco para corrigir isso", afirmou Rui Costa em entrevista à GloboNews. Ele ainda destacou indicadores econômicos positivos, como a queda do desemprego e as políticas do Minha Casa Minha Vida, que estão sendo implementadas.
Rui Costa também explicou que a alta nos preços dos alimentos é uma consequência de um fenômeno mundial, onde o Brasil, como grande exportador de commodities, enfrenta o aumento no preço de produtos como carnes, café, laranja, cacau, milho e açúcar. "O Brasil virou o supermercado do mundo, passou a exportar não só alimentos processados, mas também in natura", destacou o ministro. A expectativa é que os preços desses produtos comecem a cair com a super safra prevista para o meio do ano.
Em relação à pesquisa, Rui Costa procurou minimizar os impactos da desaprovação de Lula, afirmando que as pesquisas de intenção de votos para a eleição presidencial de 2026 ainda são favoráveis ao presidente. Contudo, ele desconversou sobre o levantamento da Quaest, que mostrou uma possível derrota de Lula em cinco estados para Jair Bolsonaro (PL) e para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), caso o ex-presidente não consiga reverter sua inelegibilidade.
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