Nesta terça-feira (25), a defesa do general e ex-ministro Walter Braga Netto protocolou um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter mais tempo para apresentar a defesa no caso de acusação de tentativa de golpe de Estado. O pedido, feito pelos advogados José Luis Oliveira Lima e Rodrigo Dall’acqua, inclui três pontos: acesso total ao material das investigações da Polícia Federal, prazo em dobro (30 dias) para apresentação da defesa prévia, e a possibilidade de se manifestar somente após a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, que fez acordo de delação.
Os advogados alegam que, até o momento, não tiveram acesso aos materiais essenciais, incluindo os dados dos aparelhos apreendidos na casa de Braga Netto. "Nem sequer foi fornecido a esta defesa o espelhamento dos aparelhos apreendidos", destacam no pedido. O volume de informações, com mais de 390 gigabytes de dados e mais de 110 mil arquivos, dificulta a análise sem a extensão do prazo solicitado.
A manifestação segue o mesmo tom do pedido feito pela defesa de Jair Bolsonaro na semana passada, que também buscava mais tempo para a defesa. O ministro Alexandre de Moraes, no entanto, já havia negado o pedido de Bolsonaro, alegando que não há previsão legal para prazos mais longos. A defesa do ex-presidente recorreu da decisão.
Entre segunda e terça-feira, outros acusados, incluindo ex-assessores de Bolsonaro, também fizeram pedidos semelhantes, buscando acesso completo às provas para garantir um direito amplo de defesa.
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