O advogado criminalista Celso Vilardi, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito sobre o suposto plano golpista, terá uma audiência nesta segunda-feira (24) às 15h com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso. O encontro ocorre seis dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter denunciado Bolsonaro por liderar uma organização criminosa que tentou realizar um golpe de Estado no final de 2022. O ex-presidente foi acusado de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, danos qualificados, entre outros crimes.
O STF não revelou a pauta da reunião, e a defesa de Bolsonaro também não se pronunciou sobre o motivo da conversa com Barroso. Na última quinta-feira (20), o ministro Alexandre Moraes, responsável pelo inquérito, negou o pedido da defesa para ampliar o prazo de resposta à denúncia de 15 para 83 dias, alegando que não teve acesso completo às provas, o que foi refutado por Moraes.
Além disso, a defesa de Bolsonaro está adotando uma estratégia de contestação das provas, especialmente aquelas obtidas por meio da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Vilardi questionou a forma como os depoimentos de Cid foram colhidos e afirmou que houve inconsistências nas versões. Em áudios vazados à mídia, Cid afirmou ter sido induzido a dar informações que não possuía, o que a defesa pretende utilizar como base para pedir a anulação da colaboração.
Outro movimento da defesa é solicitar que o julgamento do caso seja realizado no plenário do STF, onde há maior chance de divergência, em vez de ser julgado pela Primeira Turma da Corte, onde Moraes tem obtido unanimidade nas decisões.
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