O ministro Alexandre de Moraes divulgou a lista dos itens apreendidos com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, em março de 2024. As apreensões ocorreram após Cid descumprir medidas cautelares relacionadas à sua delação premiada. Entre os objetos, estavam cartas de um militar condenado a dois anos de prisão por postagens favoráveis ao então presidente Bolsonaro.
A divulgação ocorreu após o fim do sigilo da delação de Cid à Polícia Federal, no contexto da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Entre os itens confiscados, a Polícia Federal recolheu um iPhone com capa rosa pertencente a Gabriela Cid, esposa do ex-ajudante de ordens, além de um notebook HP prata. Durante a operação, Gabriela foi autorizada a usar o telefone para falar com seu advogado, mas a PF interveio ao perceber que ela atendeu uma ligação após o encerramento da chamada.
A relação de documentos apreendidos inclui uma carta de 13 páginas assinada por Roberta Savana e duas cartas manuscritas do major do Exército João Paulo da Costa Araújo Alves. O militar foi condenado por desobediência ao insistir em postagens de apoio a Bolsonaro, contrariando ordens diretas de seus superiores. A Justiça Militar considerou que ele violou a regra que proíbe manifestações político-partidárias por militares da ativa.
Outro item significativo encontrado na residência de Cid foi um despacho do Supremo Tribunal Federal com anotações feitas à mão pelo próprio tenente-coronel. O conteúdo do documento e das cartas não foi detalhado no relatório da Polícia Federal.
No total, em três operações diferentes, Cid teve sete celulares e três computadores apreendidos. Após sua segunda prisão, ele recusou a realização do exame de corpo de delito.
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