O vice-presidente do PT e prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, anunciou que apresentará uma denúncia contra a ministra da Igualdade Racial do governo Lula, Anielle Franco, ao conselho de ética do partido nesta segunda-feira (17). Quaquá afirmou ter encontrado indícios de que um suposto funcionário fantasma na prefeitura de Maricá foi indicado por Anielle Franco durante a gestão anterior. A denúncia é centrada em Alex da Mata Barros, um servidor da autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar), que também foi consultor no Ministério da Igualdade Racial durante a gestão de Anielle.
Quaquá, em entrevista, relatou que foi informado sobre a contratação de um “funcionário fantasma” e mandou abrir uma investigação interna. Ele revelou que descobriu que o referido funcionário, além de seu cargo na prefeitura de Maricá, atuou como “consultor” de Anielle Franco. Segundo o vice-presidente do PT, esse tipo de situação contribui para a desconfiança do público em relação à política, citando tanto a esquerda quanto a direita.
A ministra Anielle Franco, por sua vez, negou as acusações e argumentou que se trata de uma tentativa de “perseguição e violência política”. Ela esclareceu que os consultores do Projeto Gente Negra “Reconstrução e Desenvolvimento” do Ministério da Igualdade Racial foram contratados e pagos diretamente pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (Banco CAF), e não pelo Ministério. A pasta também afirmou que todo o processo de contratação seguiu os critérios e padrões internacionais exigidos pelo banco, e que os recursos utilizados para financiar a consultoria vieram de cooperação internacional, respeitando as normas legais.
Anielle fez questão de ressaltar que qualquer tentativa de desinformação e fake news será combatida com as devidas medidas legais. Ela também afirmou que a perseguição política não será tolerada.
Além da acusação relacionada ao funcionário fantasma, Quaquá também comentou sobre um episódio no qual Anielle havia solicitado uma comissão de ética contra ele, por conta de suas declarações sobre o caso de Chiquinho Brasão, deputado preso por suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, irmã de Anielle.
O desenrolar desta denúncia e os próximos passos no conselho de ética do PT devem trazer mais informações sobre o embate entre os dois líderes do partido.
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