A 2ª Vara Federal Criminal da Bahia arquivou o inquérito policial que investigava o senador e ex-governador do estado, Jaques Wagner (PT), por suspeita de lavagem de dinheiro. A decisão foi homologada pelo Juiz Federal Fábio Moreira Ramiro na última terça-feira (11) e confirmada pela Justiça Federal nesta segunda-feira (17).
A investigação teve início em 2018 e, após quase sete anos de apurações, o Ministério Público Federal (MPF) concluiu que não havia elementos suficientes que comprovassem a materialidade e autoria do crime. O inquérito foi baseado em dados da Operação Cartão Vermelho e perícias em dispositivos eletrônicos.
Na decisão, o magistrado ressaltou que o controle do arquivamento é exercido pelo órgão revisional do MPF, mas cabe ao Poder Judiciário avaliar eventual ilegalidade. O procedimento permanecerá suspenso por 60 dias para análise da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF. Caso surjam novos elementos probatórios, as investigações poderão ser reabertas, conforme o artigo 18 do Código de Processo Penal e a Súmula 524 do STF.
O arquivamento do inquérito gerou reações políticas. Em nota, Éden Valadares, presidente do PT na Bahia, criticou o que chamou de "perseguição política" contra petistas e afirmou que Wagner foi vítima de um processo com "objetivos políticos". Segundo ele, houve "interferência com pretensões políticas no judiciário para perseguir e tentar destruir a reputação de políticos íntegros".
O senador ainda não se manifestou publicamente sobre o arquivamento do inquérito.
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