O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem analisado estratégias para responder à decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de impor uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio a partir de março. Apesar da preocupação com os impactos para a indústria brasileira, a orientação do Palácio do Planalto é agir com cautela e evitar uma guerra comercial com os Estados Unidos.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu na terça-feira (11) com a equipe de comércio do Itamaraty para discutir o aumento das tarifas sobre o aço brasileiro. Até o momento, nenhuma medida oficial foi anunciada, mas novas reuniões devem ocorrer nos próximos dias. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), está coletando informações para levar a Lula uma possível solução.
A medida anunciada por Trump impacta diretamente o Brasil, que figura entre os principais fornecedores de aço para os EUA, ao lado de Canadá e México. Em 2024, a indústria brasileira exportou cerca de 4 milhões de toneladas para os Estados Unidos, o equivalente a 15,5% das importações norte-americanas do produto.
Para Haddad, a decisão de Trump é de caráter geral e não visa especificamente o Brasil. “Estamos acompanhando, primeiro entendendo os detalhes da decisão, depois observando as implicações, porque não é uma medida direcionada ao Brasil, mas algo mais amplo. Estamos analisando como isso afeta países como México, Canadá e China”, afirmou o ministro.
O governo brasileiro segue monitorando os desdobramentos da política comercial dos EUA e deve avaliar possíveis ações diplomáticas ou comerciais para mitigar os impactos sobre a indústria nacional.
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