O novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), começou seu mandato adotando medidas que dividiram opiniões. Em reunião com líderes partidários nesta terça-feira (4.jan), Motta anunciou que os relatórios de leis serão disponibilizados com 48 horas de antecedência para votação, um avanço elogiado por parlamentares que criticavam a gestão de Arthur Lira (PP-AL) por decisões de última hora.
Por outro lado, Motta restringirá o uso do sistema Infoleg, que permite votação remota, limitando-o às quartas-feiras das 16h às 20h. A medida tem como objetivo garantir a presença dos deputados em Brasília ao menos uma vez por semana, decisão que gerou reações mistas, mas em geral positivas.
O clima inicial na Câmara é de aceitação ampla, comum no começo de uma nova gestão. No entanto, já surgem desafios. PL, PT e União Brasil disputam o controle da principal comissão da Casa, cada partido reivindicando motivos distintos: maior bancada, apoio do governo e promessas de Motta. Jair Bolsonaro (PL) articula pessoalmente com Sóstenes Cavalcante (RJ) para orientar a bancada sobre a disputa.
Além das tensões internas, a gestão de Motta enfrenta seu primeiro embate com o Judiciário. A decisão do ministro Flávio Dino, do STF, de agendar uma reunião sobre emendas para 27 de fevereiro foi considerada uma afronta pelos deputados. Como resposta, a Câmara anunciou que só votará o Orçamento de 2025 em março, após a definição das emendas.
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