Pré-candidatos ao Planalto em 2026: A Batalha pelo eleitorado de “centro-direita” e “contra o sistema”.

Entre os nomes especulados, três se destacam pela ausência de vínculos com o chamado establishment político: Renato Trezoitão, Gusttavo Lima e Pablo Marçal.
Por: Brado Jornal 05.fev.2025 às 17h44 - Atualizado: 06.fev.2025 às 14h20
Pré-candidatos ao Planalto em 2026: A Batalha pelo eleitorado de “centro-direita” e “contra o sistema”.

À medida que as eleições de 2026 no Brasil se aproximam, a disputa pelo voto do eleitorado de “centro-direita” vai ganhado contornos, trazendo à tona uma mistura de nomes conhecidos e novos rostos. Entre os nomes especulados, três se destacam pela ausência de vínculos com o chamado establishment político: Renato Trezoitão, Gusttavo Lima e Pablo Marçal.

-Renato Trezoitão é o mais crítico do sistema eleitoral e das instituições atuais. Embora não se declare como pré-candidato, seu nome é frequentemente especulado devido à sua postura contra o que ele vê como um sistema político corrompido pelo crime organizado. Trezoitão incentiva a população a investir em Bitcoin, sugerindo uma saída do sistema financeiro tradicional e, por extensão, do político. Sua mensagem ressoa com aqueles que buscam uma verdadeira ruptura com o status quo. Renato acredita que eleições não resolverão mais nada, no entanto, seu nome é o que mais cresce nas redes sociais, com uma avalanche de manifestações pedindo para que ele se candidate em 2026. 

-Gusttavo Lima, o cantor sertanejo, tem manifestado um desejo crescente de entrar na política. Animado pelos resultados de uma recente pesquisa de intenção de voto, onde aparece em segundo lugar, Lima vê na política uma oportunidade de trazer uma perspectiva nova e menos contaminada pela corrupção. Ele é visto como um possível candidato capaz de conectar-se com o eleitorado que deseja mudanças culturais e políticas. A sua grande popularidade é o maior diferencial.

-Pablo Marçal ganhou notoriedade após uma performance surpreendente em uma eleição municipal. Sua primeira tentativa de eleição já demonstrou um forte apoio popular, estabelecendo-o como uma alternativa real para 2026. Marçal é visto como um outsider, sem os tradicionais laços com o centrão ou outras forças políticas estabelecidas, o que o torna atraente para aqueles que buscam uma nova direção.

No entanto, o cenário político não é composto apenas por independentes. Ratinho Junior, atual governador do Paraná, é apoiado por Gilberto Kassab, um veterano do centrão conhecido por sua habilidade em negociar e articular politicamente. Este apoio reflete um engajamento profundo com o sistema político de trocas e acordos, o que pode ser tanto uma vantagem quanto uma desvantagem em um eleitorado que anseia por mudanças.

Além dele, Ronaldo Caiado, governador de Goiás, também está na disputa. Com uma carreira política longa e estreita ligação com o centrão, Caiado representa a continuidade do sistema político, com todas as suas vantagens e críticas associadas.

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub anunciou sua pré-candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026, posicionando-se como uma alternativa à direita. Em um movimento ousado, Weintraub rompeu definitivamente com o bolsonarismo e passou a ser um dos críticos mais contundentes do ex-presidente Jair Bolsonaro. Diferentemente de outros nomes da direita, Weintraub pretende disputar o cargo de forma independente, sem filiação partidária. Em um discurso marcado por firmeza, ele declarou estar disposto a enfrentar uma batalha judicial para garantir seu direito de concorrer sem um partido político, desafiando o sistema eleitoral vigente. A decisão reforça a postura combativa de Weintraub, que, ao longo dos anos, não hesitou em assumir posições polêmicas e confrontar antigos aliados. Seu posicionamento sinaliza um novo capítulo na direita brasileira, fragmentada após o governo Bolsonaro.

Outro nome é Jair Bolsonaro, presidente entre 2019 e 2022, encontra-se inelegível para 2026, mas continua a ser uma figura influente no eleitorado que se identifica como direita. Ele alimenta a expectativa de que pode se candidatar ou lançar um sucessor, apesar de ter sido criticado por alguns por governar com políticas consideradas de esquerda. Entre os nomes ventilados como possíveis herdeiros do bolsonarismo está Tarcísio Machado, governador de São Paulo, cuja administração é vista por alguns setores como uma decepção para a direita, devido a escolhas de secretariado e políticas que alguns consideram de esquerda. Além disso, membros da família Bolsonaro, como Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, e até Michelle Bolsonaro, são especulados como possíveis candidatos, todos carregando o peso e as expectativas do legado de Jair Bolsonaro. 

Por fim, Romeu Zema, governador de Minas Gerais, busca o eleitorado conservador, mas sua adesão a iniciativas como a Agenda 2030 da ONU tem gerado controvérsia entre os mais à direita, que veem isso como uma concessão ao sistema e uma possível traição aos valores conservadores.



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