O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou nesta quinta-feira (30) que o governo federal não assume a responsabilidade pelos fatores que levaram ao aumento da taxa básica de juros. Ele alegou que, mesmo com a maioria no Banco Central, o governo ainda culpa a gestão anterior pelos altos juros e pela crise fiscal.
Marinho destacou que a gestão atual está "transferindo a responsabilidade" e não reconhece a necessidade de um ajuste fiscal real para controlar a dívida pública. Ele criticou a postura do governo, afirmando que a falta de medidas concretas está prejudicando, principalmente, os mais pobres, grupo que o PT afirma defender.
“O governo não entende que isso é causado pela sua irresponsabilidade fiscal, e fica transferindo responsabilidade. Passamos dois anos escutando a presidente do PT [Gleisi Hoffmann] e o próprio presidente Lula reclamando do Banco Central e dizendo que essa taxa de juros impedia um maior crescimento econômico. Isso mudou”, declarou Marinho.
A crítica de Marinho veio após o Banco Central ter elevado a taxa de juros em 1 ponto percentual, passando de 12,25% para 13,25%, com a previsão de outro aumento semelhante em março. Marinho afirmou que tentou ajudar o governo a melhorar projetos econômicos no Congresso, mas suas propostas, como ajustes no arcabouço fiscal, foram rejeitadas. Segundo ele, o governo não está cumprindo com suas responsabilidades fiscais, o que fragiliza a trajetória da dívida pública.
Além disso, Marinho acusou o governo de esconder gastos não contabilizados, com mais de R$ 90 bilhões "varridos para debaixo do tapete", e apontou que a credibilidade fiscal do governo está comprometida.
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