O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o jornalista Oswaldo Eustáquio, atualmente refugiado na Espanha, é alvo de perseguição política conduzida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em entrevista ao Poder360, Flávio comparou a situação de Eustáquio à de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ele também considera vítima de perseguição judicial.
Eustáquio, que enfrenta acusações de ameaça, corrupção de menores e tentativa de abolição do Estado democrático de direito, terá uma audiência no Judiciário espanhol em 6 de fevereiro para decidir sobre um pedido de extradição feito por Moraes. Segundo Flávio, a decisão já estaria politicamente direcionada.
“Eu acho que o Oswaldo é um perseguido político também, mais um injustiçado. Inclusive perseguiram a filha dele, que é menor de idade”, declarou.
O senador criticou duramente o sistema jurídico brasileiro, afirmando que a situação atual seria compatível com um regime ditatorial.
“É uma distorção de tudo que já vimos aqui no Estado Democrático de Direito. A democracia está sendo supostamente defendida por quem a viola. O discurso é bonito, mas a prática não”, afirmou.
Flávio também pediu ajuda ao deputado espanhol Santiago Abascal, do partido Vox, para que intervenha em defesa de Eustáquio. Segundo ele, a permanência do jornalista na Espanha seria uma forma de evitar um "julgamento previamente condenado" no Brasil.
"Já tem a pena pré-estabelecida e as provas que ele quiser produzir para condenar do jeito que quiser. Isso só acontece em ditaduras", declarou.
A extradição de Eustáquio foi solicitada em outubro de 2022, mas até o momento não há condenação formal. Flávio Bolsonaro reforçou que o Brasil estaria se tornando um "motivo de vergonha mundial" por supostamente utilizar a máquina pública para perseguir opositores políticos.
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