O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (27), que não há elementos para indiciar todas as pessoas citadas na delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. Entre os nomes mencionados por Cid estão a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que não figuraram entre os 40 indiciados.
Rodrigues destacou que a PF não encontrou provas suficientes para confirmar a participação de Michelle e Eduardo no caso. "No relatório está claro que não houve a busca de outros elementos que pudessem confirmar que essas pessoas tenham participado", declarou.
Durante a entrevista, o diretor-geral da PF também fez uma crítica indireta à antiga metodologia da Lava Jato, lembrando a apresentação de um famoso PowerPoint pelo então procurador Deltan Dallagnol em 2016, no qual o hoje presidente Lula (PT) era apontado como figura central de um suposto esquema de corrupção.
"A Polícia Federal de hoje não faz entrevista coletiva pré-condenando ou prejulgando ninguém. Não faz PowerPoint para antecipar sentenças. Nós fazemos investigações isentas, sérias e responsáveis", disse Rodrigues.
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