O primeiro depoimento da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), trouxe novos detalhes sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo Cid, três grupos gravitavam em torno do ex-presidente: os “conservadores”, os “moderados” e os “radicais”.
O depoimento foi homologado em setembro de 2023 pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e tem servido como base para as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF)
Conservadores
Esse grupo, segundo Cid, buscava transformar Bolsonaro em um grande líder da oposição, sem recorrer a medidas radicais. Entre os integrantes estavam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Bruno Bianco, ex-advogado-geral da União.
Moderados
Contrários a qualquer intervenção extrema, esses participantes reconheciam as “injustiças” do Brasil, mas defendiam aceitar o resultado das eleições. Faziam parte desse grupo o general Freire Gomes, então comandante do Exército, e o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.
Radicais
O grupo mais extremo estava dividido em dois núcleos: um defendia investigar supostas fraudes nas urnas, enquanto o outro apoiava ações armadas. Entre os citados estavam Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
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