O prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB), parece estar disposto a ignorar sua base eleitoral para se alinhar ao governador Jerônimo Rodrigues (PT). Essa mudança, longe de ser estratégica para o município, soa como puro oportunismo político.
Itapetinga é um dos polos mais importantes da pecuária baiana e do agronegócio, setores frequentemente atacados pelo PT com políticas que prejudicam a produção e aumentam a burocracia. A aproximação de Hagge com Jerônimo, portanto, representa um abandono de princípios em troca de conveniências políticas momentâneas.
O governador, em sua busca por hegemonia política, tem cooptado prefeitos que antes se opunham ao PT. Com discursos genéricos sobre desenvolvimento, ele atrai lideranças que, como Hagge, parecem mais preocupadas com sua sobrevivência política do que com os interesses reais de suas cidades. Além disso, Jerônimo Rodrigues e seu partido fazem vista grossa para as invasões de propriedades promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e por grupos indígenas na região de Itapetinga e localidades próximas, prejudicando ainda mais os produtores rurais.
A grande questão é: o que Itapetinga ganhará com essa aliança? O PT sempre demonstrou descaso pelo agronegócio e não há sinais de que essa postura vá mudar. O prefeito, ao invés de defender os produtores locais, prefere se alinhar a um governo que historicamente os prejudica. Resta saber se a população aceitará essa traição sem contestação.
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