O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (22) uma ordem executiva que visa suspender a entrada de imigrantes ilegais pela fronteira sul, entre os Estados Unidos e o México. A medida, uma das promessas centrais de sua campanha, foi implementada imediatamente após sua posse, no último dia 20 de janeiro. Em nota oficial, Trump justificou a ação como uma tentativa de “proteger” o país de “invasões”, reforçando seu discurso de endurecimento da política migratória.
Além de suspender a entrada de imigrantes ilegais, a ordem executiva também impõe severas restrições ao acesso desses imigrantes a processos legais de imigração, como o asilo, dificultando sua permanência nos Estados Unidos. A medida autoriza o governo a tomar todas as ações necessárias para “repelir, repatriar e remover” aqueles que entram ilegalmente no país, com o apoio dos departamentos de Segurança Nacional, Justiça e Estado.
Essas ações fazem parte de um pacote mais amplo de reformas que Trump prometeu implementar em seu primeiro mandato. Nas primeiras horas de governo, o presidente também revogou a política de cidadania por nascimento, que garantiu nacionalidade automática aos filhos de imigrantes nascidos no país. Embora a revogação não seja retroativa, a medida impede que filhos de imigrantes ilegais nascidos nos Estados Unidos recebam a cidadania a partir de agora.
No entanto, a ordem executiva enfrenta desafios legais. Especialistas apontam que a Constituição dos Estados Unidos pode entrar em conflito com as propostas de Trump, e a implementação da medida dependeria de aprovação do Congresso. A decisão também pode ser contestada na Justiça, com previsões de que tribunais podem rejeitar a mudança.
Outra ação polêmica foi a autorização para a prisão de imigrantes ilegais em locais anteriormente considerados "sensíveis", como igrejas e escolas, onde as autoridades tinham restrições para a fiscalização. Além disso, Trump revogou duas diretrizes que facilitavam a aplicação da lei em áreas sensíveis e alteravam o processo de análise dos pedidos de liberdade condicional humanitária, exigindo agora uma análise individualizada desses casos.
Em uma medida controversa, o governo Trump também retirou a versão em espanhol do site oficial da Casa Branca, que antes estava disponível para a comunidade latina. A página foi substituída por uma mensagem de “Erro 404”, gerando críticas de grupos de direitos civis e ativistas hispânicos, que acusaram a administração de negligenciar a comunicação com uma comunidade que teve papel crucial nas últimas eleições.
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