O ministro da Casa Civil, Rui Costa, abordou, nesta quarta-feira (22), as recentes mudanças na comunicação do governo e a nova responsabilidade atribuída ao ministério de revisar atos de outros ministérios que possam gerar “confusão” com a população. A medida foi destacada após o governo enfrentar uma crise gerada pela instrução normativa da Receita Federal que ampliava a fiscalização sobre o Pix, o que gerou polêmica.
Costa explicou que é essencial que o governo se antecipe e se comunique de forma eficaz, evitando que informações erradas ou mal interpretadas se espalhem. "A verdade tem de chegar antes da mentira. Se a gente não comunicar antes, a mentira chega, se instala, e você tem de lutar muito para desmentir aquilo", afirmou, referindo-se ao episódio do Pix.
O episódio gerou críticas, e, na última segunda-feira (20/1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou uma maior centralização na comunicação. Durante uma reunião ministerial, ele pediu que todas as portarias sejam analisadas pela presidência antes de sua publicação para evitar crises semelhantes. Lula ainda enfatizou que nenhum ministro pode criar portarias que causem confusão sem o devido aval da Casa Civil.
Rui Costa detalhou que a Casa Civil buscará aperfeiçoar o modelo de análise dos documentos para que a comunicação do governo não seja burocrática, mas, sim, alinhada de forma clara com a população. "O que o presidente reafirmou, e nós vamos fazer, é chamar a atenção dos secretários. E vamos aperfeiçoar esse modelo para que aquilo que impacte a população não se faça de forma burocrática, automática. É preciso alinhar com a comunicação. Explique antes e depois publique", disse Costa.
A decisão visa melhorar a gestão de crises e fortalecer a comunicação com a população, garantindo que medidas e mudanças importantes sejam compreendidas de forma clara antes de serem oficialmente divulgadas.
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