A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira (16) uma operação contra 15 policiais militares suspeitos de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação também busca esclarecer a execução de Antônio Vinicius Gritzbach, empresário delator da facção, assassinado no Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024.
Os mandados de prisão e busca foram cumpridos em São Paulo e na Grande São Paulo. Entre os investigados, está um agente apontado como autor dos disparos que mataram Gritzbach.
Assassinato em Guarulhos
Gritzbach foi executado no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, em 8 de novembro de 2024, enquanto embarcava para uma viagem. O empresário era conhecido por delatar membros do PCC e foi acusado de ser mandante da morte de Anselmo Becheli Santa Fausta, o "Cara Preta", em 2021.
Imagens de segurança mostram dois homens descendo de um veículo na área de embarque e efetuando disparos. Gritzbach tentou se proteger, mas foi atingido e morreu no local.
Denúncias e investigação interna
A Corregedoria começou a investigar os policiais militares em março de 2024, após denúncias de vazamento de informações sigilosas que favoreciam criminosos da facção. Além das prisões, sete mandados de busca e apreensão foram expedidos para aprofundar as apurações.
O poder do PCC
O Primeiro Comando da Capital movimenta cerca de US$ 1 bilhão anualmente, segundo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. A facção mantém sua influência por meio de tráfico internacional de drogas e complexos esquemas de lavagem de dinheiro.
“A organização movimenta valores similares aos orçamentos anuais de grandes cidades brasileiras, como Niterói e São Bernardo do Campo”, explicou Gakiya.
Impacto e desdobramentos
A operação evidencia o alcance do PCC, que mantém sua estrutura mesmo sob investigação intensa. A ação contra policiais supostamente aliados à facção também reforça os desafios enfrentados pelas forças de segurança no combate ao crime organizado e à corrupção interna.
Os resultados das apurações deverão esclarecer a extensão do envolvimento dos agentes e da facção em crimes recentes, incluindo execuções e tráfico de influência.
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