O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF), anexando um segundo convite que recebeu para participar de um evento em Washington, dois dias antes da posse de Donald Trump, marcada para 20 de janeiro. Bolsonaro busca a autorização do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, para viajar aos Estados Unidos, onde pretende comparecer tanto à cerimônia oficial quanto a um baile latino no Omni Hotel, em Washington DC, no dia 18 de janeiro.
Atualmente sem passaporte desde fevereiro de 2024, em razão de uma operação da Polícia Federal, Bolsonaro pede à Corte a liberação temporária do documento para que possa viajar entre 17 e 22 de janeiro.
O convite para o evento, que contará com lideranças latinas aliadas a Trump, como o senador Ted Cruz e o futuro secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, foi anexado ao processo com o argumento de que a presença de Bolsonaro representaria um "ambiente íntimo entre Titãs". Além do evento, Bolsonaro também visa participar da posse presidencial de Trump, agendada para 20 de janeiro.
A posição da Procuradoria-Geral da República (PGR)
No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contrária à liberação do passaporte. Em sua análise, a PGR afirmou não haver "interesse público" na autorização da viagem, destacando que Bolsonaro, em sua condição de ex-presidente investigado, não exerce mais funções que justifiquem sua presença em representações oficiais do Brasil.
A análise do caso ainda está em andamento, e o ministro Alexandre de Moraes aguarda mais documentos da defesa de Bolsonaro sobre o convite de Trump e os eventos que o ex-presidente deseja participar.
A resposta do governo Lula e alternativas
Embora o ex-presidente solicite autorização para viajar como convidado para os eventos, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviará a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, para representar o Brasil na posse de Trump.
O desenrolar da decisão no STF sobre a liberação do passaporte de Bolsonaro será crucial para definir se o ex-presidente poderá, de fato, participar do evento de Trump, ou se o governo buscará outras alternativas para sua representação.
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